Ecologia da interação
A ideia da ecologia da interação nasce como alternativa a teoria da ação social. Esta ultima, no ambito da tradição sociológica, baseia-se, em suas diversas concepções (M.Weber, V. Pareto, T. Parsons, J. Hebermass), num significado antropocêntrico que descreve um agir que parte de um sujeito em direção ao externo, á natureza, á técnica ou ao objeto. Nos contextos conectivos das redes digitais de ultima gerações, assim como nas ecologias complexas de Gaia, torna-se necessário repensar a ação não somente a partir de suas propriedades reticulares, emergentes e agregativas (B. Latour) mas de suas epsecificas qualidades conectivas. A ideia de ecologia da interação formou-se a partir da combinação de alguns conceitos, o primeiro é a relação proposta entre espaço e acontecimento por M. Heidegger, a segunda e o conceito de “forma formante” (forma que da forma) elaborado pelo filosofo italiano L. Pareyson, a terceira a definição de sistema social informativo elaborada por J. Meyrowitz, a quarta é o conceito de Ecologia de E. Haeckel e a ideia de “sentir por forma” do M. Perniola. A ecologia da interação exprime um agir sem externo nem interno, um agir conectivo e transorganico. No livro Net-ativismo da ação social para o ato conectivo distingue-se três diversas ecologias históricas da interação: a social opinativa, a sócio-tecnica e a transorganica.